“We are the future”: As novas regras do marketing


O vídeo “We are the future” foi produzido por uma agência de publicidade (PHD Worldwide) que compilou algumas tendências relacionadas com o impacto nas relações de consumo derivadas das mídias sociais. “Como as marcas e empresas vão se relacionar com seus comsumidores em um futuro próximo?” se pauta o vídeo de apenas 2 minutos. Encontrei no “related” do YouTube e o achei bem interessante como compilação dessas alterações e as mudanças no marketing. Fiz umas anotações como exercício logo abaixo e se quiserem contribuir nos comentários com referências interessantes, fiquem a vontade. Clique no “CC” para as legendas em português.

Não ouvi nada de novo. Tudo isso já é presente de uma forma ou de outra. Obviamente que o que irá ocorrer nos próximos anos será uma situação numericamente muito maior, mais expressiva e popular. Mas creio que os principais elementos já estão estabelecidos hoje. Prefiro ver o vídeo como uma descrição das tendências atuais em vias de consolidação do que como novidades que estão por vir.

“Melhore a qualidade do jogo”

“Nós temos as melhores ofertas”, “Nós temos o melhor preço” são chavões que já são ridículos de serem gritados em um mundo de comparadores de preço, SEO (cartão de crédito), links patrocinados, etc. Com um clique esse papo de menor preço será desvendado como mentira, e sempre é. O jeito de conversar precisa mudar. Você só precisa dar as informações corretas e sair do caminho do comsumidor que vai perguntar no Facebook o que os amigos dele acham do seu produto.

“Daqui há 10 anos…”?

Pra mim 10 anos é o mercado consolidado de fato, se já não o estiver. Não sou economista nem especialista pra afirmar. Mas o futuro próximo será o “Zé” da esfirra da Av. Paulista postando no Instagram que acabou de sair uma quentinha. A galera dos prédios da rendondeza inicia os pedidos de delivery pela caixa de comentários do próprio aplicativo. O pagamento? Pode ser com cartão de crédito, a ser utilizado via “appezinho” da Cielo que o Zé baixou pro smarthphone dele, com 3G. Isso não é possível hoje? Bastaria que o iPhone e a idéia se torne popular o suficiente pro Zé de hoje se dar conta que existe mercado pra isso.Confirma?

“Conteúdo personalizado + relacionado com o contexto social”:

Eu costumo encontrar novas bandas baseado no meu gosto gosto musical no Last.fm que foi me rastreando ao longo dos anos. Ao deixá-lo rastrear o sistema sugere um conteúdo personalizado baseado no meu perfil de gosto de musical. E o refinamento disso tudo é feito pelos próprios usuários, que são os responsáveis por refinar as associações musicais. No Brasil existe a Navegg, empresa brasileira especializada em análise e segmentação de conteúdo. Com eles é possível você vincular publicidade baseado no comportamento de navegação do usuário. Me pergunta o que acontece com a taxa de cliques quando a navegação é baseado no seu comportamento? Não é preciso ser muito esperto pra saber que quanto mais inteligente for sua tecnologia contextual mais certeira é sua comunicação.

Design de interação: “toque/clique, voz, gestos, objeto, pensamento”.

Produtos possíveis como o celular de tela flexível, o Samsung OLED (toque/objeto) é pro futuro, bicicleta com comandos pelo pensamento da Toyota também. Mas Google Voice Search com comandos de voz, tablets, celulares e desktops com tela touch, gestos no touchpad e a acessibilidade da interação no OS X Lion, são pra hoje. Nintendo Wii e Xbox + kinect já mudaram como jogamos video game. Meu sonho agora é poder ir na padaria comprar pão de roupão e Jetpack.

“Social API + comércio eletrônico”:

Ou seja, e-commerce no meio das coisas que gostamos e fazemos na internet como ouvir música ou navegar no Facebook. Já citei o Last.fm. Mas nada se compara a recente explosão de e-commerces no Facebook, que se fosse um país, já seria o quarto maior do mundo. Quanto as APIs sociais, vá até o Tripadvisor.com e certifique-se de estar logado na sua conta do Facebook no mesmo navegador. Pra tornar mais atrativo serviços relacionados com destinos, a integração com o Facebook no Tripadvisor associou seus amigos com locais no mundo onde eles já estiveram no mapa que aparece na home. Como o Facebook sabe isso? Quem sabe não é pelos ips que você se logou quando esteve viajando? Mas essa associação te ajudará a obter informação confiável de amigos que já estiveram em destinos que possivelmente podem ser do seu interesse, fazendo você voltar no site qualquer dia desses pra consumir os produtos e serviços que eles estão oferecendo.

“Informações adicionais / maiores informações”:

Descrição técnica, manual, foto, video, comentário, ratings, review de usuários, foto decente, integridade de dados, geolocalização, feed, formas de compartilhamento, possibilidade de testar antes, conteúdo relacionado, integração com redes sociais, e o que mais for de direito. Ou seja, muita metainformação.

“Você vai compensar o custo da venda compartilhando seus dados com as grandes empresas de topo”

O comportamento social e a forma como o compartilhamento sobre produtos e serviços ocorre, já faz com que os custos antes destinados a publicidade tradicional se tornem obsoleto como o conhecemos. Tudo vai pro relacionamento e o spread the world do social midia! Pergunta: porque ainda existe investidores em “banners” fora de uma plataforma ou cenário contextual? Branding?

“Iremos espalhar nas nossas redes sociais e co-criar com você”

Crowndsourcing, clientes e consumidores fazendo parte da construção do produto. Carro daFIAT Mio, o primeiro carro “colaborativo”. Dropbox, onde o evolutivo do serviço ocorre baseado nas na sugestão e interesse dos usuários. Já somos uma sociedade que espalha tudo nas redes sociais. É isso que torna possivel o Wikileaks existir hoje.

“Manter o acordo” e “bloqueios em massa matam sites em minutos”

Toda marca tem que ser sincera. No bullshit. Marcas com papo furado vão morrer. Se seu produto não tem qualidade ele merece morrer. Se estiver com dó, se vira e conserte seus erros. Notícia de um produto excelente, corre entre os usuários. Notícia de produto demerda, voa. E em direção ao ventilador. Se seu produto tem problemas ou é inadequado, quem vai te falar é o cliente. Ou você cumpre o que diz e aprende com os erros ou você está despedido do seu próprio negócio.

“Realidade aumentada será a nova realidade”:

Na minha humilde opinião estão sendo muito exagerados aqui. Mesmo papo de “Web 2.0“, mas aqui supervalorizando “feature”. Haverá várias formas de fazer, compartilhar, navegar, etc. Realidade aumentada será uma feature disponível e nada mais.
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